O vaquêro

Cumpade Zé Filirmino
Era um grande amigo meu,
Pois êle derna minino
Qui foi criado mais eu!…
Caboco bom verdadêro
Foi êle o mió vaquêro
Qui o Sertão já cunhiceu!

Fomo cresceno, cresceno,
Cuma se fôsse irimão,
As merma coisa fazeno,
Na mais prefeita união…
Era assim qui nois vivia
Inté qui chegô o dia
Da nossa separação…

Meu cumpade se casô
E nun quis mais sê vaquêro,
Dessa terra se mudô
Foi morá im Juazêro
Pras banda do Ceará,
Inquanto eu fiquei pru cá
Reecordando o cumpanheiro!

Autor: linguafala

Professor Especialista em Língua Portuguesa e Literatura Brasileira com ênfase em Linguística.

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